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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Polícia investiga máfia da funerária em Garanhuns

A Polícia Civil e o Ministério Público investigam denúncias de um esquema de corrupção envolvendo policiais e uma casa funerária de Garanhuns, no Agreste. De acordo com o inquérito, que está sendo analisado pelos promotores, os agentes receberiam até R$ 1 mil para informar à Funerária Areais casos de morte no município. Com as informações, a casa pegava o corpo e fazia os procedimentos, mesmo sem autorização da família. O valor do serviço, que envolvia caixão e velório, era superfaturado e cobrado aos parentes.


Não se sabe quantos policiais estariam envolvidos ou se também há participação de delegados. "Toda vez que havia morte, a funerária era acionada, recolhia o corpo e fazia todo o procedimento, independentemente da autorização da família. Alguém estava sendo beneficiado", contou o coordenador da Central de Inquéritos, promotor Itapoá Vasconcelos.


Segundo denúncias, quando parentes procuravam os corpos eles já estavam na Funerária Areais. Na pressa para velar e enterrar as vítimas, a família aceitava o serviço da funerária. Para compensar a propina dada aos policiais, a casa cobrava um valor superfaturado.

Uma das vítimas do esquema foi o agricultor Pedro Araújo de Moraes, cujo filho morreu atropelado em setembro deste ano, no hospital municipal de Garanhuns. "Quando cheguei lá disseram que já tinham levado o corpo para a funerária, sem ninguém mandar."

Como Garanhuns não tem Instituto de Medicina Legal (IML), os corpos são levados para a unidade de Caruaru, a cerca de 100 quilômetros. Com transporte, caixão e velório o preço cobrado pelo serviço chegava a R$ 2 mil.

O dono de uma funerária concorrente da Areias também denunciou o esquema. De acordo com o comerciante, que preferiu não se identificar, em cada caso, os policiais recebiam R$ 1 mil. "Os preços eram superfaturados. O transporte do corpo para Caruaru, por exemplo, que custa em média R$ 200, passava a valer R$ 500."

INQUÉRITO - O caso começou a ser investigado na semana passada pelo delegado Antônio Resende, transferido do município dois dias depois. "Antes de sair entreguei o inquérito ao Ministério Público e solicitei um delegado especial para apurar o caso", detalhou o delegado, que agora atua na cidade de Condado. O delgado alega que o tempo foi curto para a investigação e, por isso, entregou o inquérito ao Ministério Público sem conclui-lo.

O documento está sendo analisado pelo promotor Reus Alexandre. "Solicitamos um delegado especial para investigar o caso.



Fonte: NE10 e Camocim Online

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