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domingo, 22 de janeiro de 2012

Anonymous seguem em guerra e EUA recuam no apoio a SOPA e PIPA

O grupo Anonymous, coletivo mundial de ciberguerrilheiros, manteve os ataques a alvos preferenciais, nas últimas 24 horas e, além do sítio do governo da França (www.elysee.fr), que amanheceu com a tela branca e nela escrito, em letras garrafais: We Are Legion (Somos uma legião), principal slogam dos insurgentes, foram atingidos outros 14 nos EUA e Europa. Saíram do ar as páginas da Casa Branca, sede do governo dos EUA (Whitehouse.gov), do departamento de Copyright (DOJ, na sigla em inglês), da Universal Music norte-americana e francesa, da associação da indústria fonográfica (RIAA, também na sigla em inglês), da associação da indústria cinematográfica (MPAA) , do Departamento de Justiça (Justice.gov), da federação belga de antipirataria e seu equivalente francês (anti-piracy.be/nl/ e HADOPI.fr), da polícia federal norte-americana (FBI.gov), do senador Christopher Dodd (ChrisDodd.com), que permanecia fora do ar na tarde deste sábado, da Vivendi France (Vivendi.fr), da BMI (BMI.com) e da Warner Music Group (WMG.com).
Anonymous
O site do Megaupload foi encerrado em todos
 os países em que atuava


Segundo nota do grupo, distribuída também pela internet, no início desta tarde, os ativistas seguem com estas instituições na lista de novas ações que irão transcorrer nos próximos dias. A estratégia de protesto do Anonymous parece ter surtido efeito. Em menos de 24 horas, um número consistente de congressistas norte-americanos deixou de apoiar as controversas leis antipirataria, com votações em curso no Senado. Segundo analistas, a ação eficaz contra o Megaupload, maior site de armazenamento e distribuição de dados da internet, provou serem desnecessários o Stop Online Piracy Act, (SOPA), ou o Protect IP Act (PIPA), para se regular a questão dos direitos autorais na web. Ao todo, 19 senadores mudaram seus votos e cinco deputados se posicionaram contra os novos projetos de lei.
Protesto em Portugal
Ao redor do mundo, o Anonymous prossegue na busca do apoio popular e em Lisboa, neste sábado, o grupo realizará uma rara manifestação de rua. Manifestantes distribuíram flyers na noite passada e nesta manhã, com a convocação para uma passeata até a Praça Marquês de Pombal, no Centro da capital portuguesa. Além do controle da internet, a crise econômica e o desemprego também integram a pauta do encontro.
Leia o manifesto, na íntegra:
“Iniciamos 2012 mergulhados numa das maiores crises já vividas na história portuguesa e europeia. São mais de 700 mil desempregados no nosso país, e esse número não pára de aumentar. A precariedade laboral devora os nossos sonhos, condenando-nos à miséria e a uma vida sem futuro.
“O orçamento aprovado para este ano reproduz de modo ainda mais perverso as exigências da Troika, com cortes na Saúde, na Educação, eliminação do 13º e 14º salários na Função Pública, aumento do valor das taxas moderadoras, dos preços dos transportes, da eletricidade e das rendas das casas. Apesar do grande número de desempregados o governo amplia em meia hora por dia o horário de trabalho, aumentando a exploração e tornando mais difíceis novas contratações.
“Não somos nós que estamos a “viver acima das nossas possibilidades”, mas sim os banqueiros, patrões e multimilionários, bem como os políticos que os apoiam. Estes é que são os verdadeiros responsáveis pela crise da dívida pública!
“É preciso sair à rua e dizer basta!
“Apelamos a todas e a todos, desempregados, trabalhadores, imigrantes, precários, reformados, estudantes, todos aqueles e aquelas cujas vidas e sonhos estão a ser destruídos em nome de uma crise pela qual não têm qualquer responsabilidade, a que se juntem e, a 21 de Janeiro, mostremos na rua que exigimos viver em Democracia e que em Democracia o poder é do povo e de mais ninguém!
“Pelo direito ao trabalho com direitos!
“Contra as privatizações dos setores estratégicos!
“Suspensão do pagamento da dívida e auditoria popular!

“A Democracia sai à rua
“Traz a tua voz!”


Megaupload
A mais nova batalha entre as autoridades dos EUA, incluindo o FBI, e o Anonymous teve início nesta quinta-feira, quando o Megaupload e outros 18 sites afiliados foram retirados do ar após o governo norte-americano considerá-los “uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial”, com mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias. As autoridades norte-americanas contabilizam que, por meio do Megaupload, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas, foram movimentados mais de US$ 170 milhões nos últimos anos.
A Megaupload Ltd. e outra empresa vinculada ao caso, a Vestor Ltd, foram indiciadas no Estado da Virgínia por violação aos direitos autorais e também por tentativas de extorsão e lavagem de dinheiro, infrações penalizadas com 20 anos de prisão. Embora tenham participado da operação, as autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar acusações formais contra o Megaupload, apesar de considerar que a empresa também infringiu as leis sobre propriedade intelectual deste país.
Em resposta ao fechamento do Megaupload, o Anonymous bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça e o da produtora Universal Music, entre outros, ainda na noite de quinta-feira. Segundo os ativistas, foi o maior ataque já promovido pelo grupo, com o apoio de mais de 5 mil técnicos em Tecnologia da Informação. O anúncio do fechamento do Megaupload ocorreu em meio à polêmica, nos EUA, sobre a proposta de uma lei antipirataria, o Sopa, que corre na Câmara dos Deputados, e o Pipa, que é debatido no Senado, contra as quais se manifestou, entre muitos outros, o site Wikipédia, interrompendo seu acesso no dia 18 de janeiro e o Google mascarando seu logo. O protesto foi chamado de apagão pelos manifestantes.
No Brasil, a atuação do Anonymous se resumiu a um breve ataque ao sítio da cantora Paula Fernandes, nesta manhã. A página paulafernandes.com.br amanheceu com a imagem de um palhaço e a mensagem: “Se o Megaupload está fora do ar, você também está”. O protesto fora anunciado, com antecedência, pelo Anonymous no Twitter.
Fonte: Correio do Brasil

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