Líder sindical e deputado pelo PDT paulista, o sindicalista Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), afirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que a reportagem de capa revista semanal conservadora IstoÉ, uma das várias publicações do sistema Globo, a qual denuncia a existência no Ministério do Trabalho e Emprego de um esquema de cobrança de propinas de sindicatos, repassadas à central sindical, é uma “história fantasiosa” e que “revela uma implacável perseguição política e uma tentativa de criminalizar o movimento sindical”.
Segundo a nota, “a Força Sindical, que já foi vítima de falsas acusações e armações da mesma publicação, já ingressou na Justiça de 27 Estados visando reparações”. Agora, vai “dobrar o número de ações e fazer o mesmo procedimento em todos os Estados”. A nota diz ainda que, contrariando as boas práticas do jornalismo, a revista não procurou a Força Sindical para ouvir a versão da entidade “sobre esta acusação sem fundamento”.
Na matéria, intitulada “Propina no ministério de Lupi”, o sindicalista João Carlos Cortez, presidente do Sindicato de Trabalhadores em Bares e Restaurantes da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (Sindrest), diz que assessores diretos do ministro do Trabalho queriam 60% do imposto sindical para regularizar sua entidade.
Cortez fez as denúncias na semana passada, em entrevista à publicação, na qual afirma existir “um esquema de venda de cartas sindicais montado dentro do Ministério do Trabalho”, diz a revista. O sindicalista afirma que “tudo é operado por pessoas ligadas diretamente ao ministro”, que falam e agem em nome dele.
– Prometeram reativar nosso registro desde que eu repassasse um percentual da arrecadação do sindicato. Exigiram-me propina numa sala do gabinete onde funciona a Secretaria de Relações do Trabalho – denunciou Cortez.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ainda não se pronunciou sobre as novas denúncias.
Fonte: Correio do Brasil
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